Notícias / Reportagens
Feira de Ciências: universo de conhecimento
Feira de Ciências 2011 do Liceu Pasteur reuniu temas sugeridos pela UNESCO e levou aos visitantes um universo rico de informações e sensações.
Quem passou pelo Liceu Pasteur, no dia 24 de setembro último, pode presenciar um verdadeiro show na elaboração e apresentação dos trabalhos na FEIRA DE CIÊNCIAS 2011. Com a participação de todos os alunos, o evento voltou a fazer parte do calendário anual de atividades, e é considerado ferramenta fundamental para complementação da formação intelectual, já que exige pesquisas, criatividade e trabalho em equipe, além de fomentar a integração de todos os envolvidos com o dia a dia das atividades escolares, entre eles, pais e professores.
Nesse dia, passear pelas dependências do Liceu Pasteur foi convite para entrar em um universo rico de informações e sensações. Em cada sala, uma nova surpresa aguardava pelos visitantes. Degustar um pão feito na hora e conhecer os detalhes de sua composição, entender ainda melhor as etapas de elaboração de um bom vinho, ver de perto os males que provocam o vício do cigarro, entender como peritos conseguem desvendar crimes com o uso da química em prol das investigações e sentir o cheiro de dezenas de essências especialmente selecionadas foram apenas algumas das experiências proporcionadas pelos trabalhos apresentados.
A organização encabeçada pelas professorasVera Lúcia Denser e Maria Luiza Villacomeçou em meados do mês de maio deste ano. Elas passaram a se dedicar na escolha dos assuntos, inspirados nos temas sugeridos pela UNESCO para 2011. Este ano inclusive foi eleito pela entidade o ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICA E O ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS, que serviram como referência para a Feira de Ciências. |
De forma mais detalhada, os temas foram: Essências; Ilusão de Óptica; Adubos; Efeitos de Substâncias Químicas no Corpo; Química do Cotidiano; Química na Indústria; Desertos e Florestas; Água; Fermentação; e Química Forense. Com base em cada um deles foram determinados subtemas. Um bom exemplo da determinação do foco de cada trabalho foi o subtema Desertos e Florestas, que ficou a cargo do 9º ano do Ensino Fundamental. A partir desta definição, os alunos foram separados em cinco grupos responsáveis por exposições sobre Desertos, Florestas Tropicais, Floresta Boreal, Manguezais e Cerrado.
Bianca Quintino, Ana Caroliny Carvalho, Isabella Souza, Vitória Festa, João Paulo Sinkevícius e Yanni Sabingi são estudantes do 9º ano e trabalharam com o assunto Cerrado. Eles fizeram questão de levar aos visitantes o impacto visual das diferenças na flora e na fauna em duas estações do ano bem definidas nessa região, que são o Verão Chuvoso e o Inverno Seco. |
“Fizemos muitas pesquisas em livros e via Internet. Trouxemos exemplos da flora e mostramos as diferenças entre as estações do ano por meio do apelo visual com simulações, como o uso do gelo seco para mostrar exatamente como é o ambiente na época do Inverno Seco”, exemplifica Ana Caroliny, que, assim como os colegas de grupo, estava devidamente uniformizada com camiseta alusiva ao tema Cerrado.
Outro ambiente que chamou a atenção foi o espaço da Robótica. Por lá, estava uma cidade montada por cerca de 80 alunos, do 1º ao 8º ano do Ensino Fundamental, que foram orientados pelo professor Luiz Silveira Mendes. Não foram poucos os pais que se mostraram fascinados pela estrutura e tecnologia. | Também queriam ver de perto a obra de arte de seus filhos. Era o caso de Mauren Cardillo Fernandes, empolgada pela qualidade do que foi apresentado e, claro, orgulhosa de Felipe Cardillo Fernandes, que foi um dos arquitetos do hotel que representava um dos elementos de uma megacidade. |
Criatividade e disposição – O que não pode ser desprezado é o tom criativo dado por todos os grupos para atrair interessados até suas salas e ouvir atentamente as apresentações. E, sem dúvida, eles fizeram muito bem a lição de casa. Também tinham como meta não cometer nenhuma falha ao longo de todo o dia, já que não sabiam quais seriam os professores que avaliariam cada grupo, valendo nota. “Sem saber exatamente qual seria o professor que daria a nota, os alunos não deixaram a peteca cair em momento nenhum, pois, a qualquer momento, poderiam estar sendo avaliados oficialmente”, ressalta Vera Lucia Denser.
Entre os critérios de avaliação estavam: Conteúdo, Pesquisa, Participação e Estética. “O que vimos foi até uma pró-atividade dos alunos, além até do que pedimos. Todos os grupos distribuíram folders de apresentação do trabalho com os nomes dos integrantes e detalhes do tema, preocuparam-se em se uniformizar a caráter e cuidar de outros detalhes que ajudaram muito a dar qualidade a todo o evento. Não era algo obrigatório, mas eles fizeram um belo trabalho neste sentido, sem falar na disposição em receber os visitantes. Todos estavam muito empolgados e faziam questão de não deixar escapar nenhum detalhe no momento da explicação aos presentes”, sublinha Maria Luiza Villa.
A preocupação em fazer materiais alusivos aos temas pode ser vista de forma bem evidente na formatação dos informativos impressos e nos crachás de identificação do grupo do 5º ano que falou sobre os prejuízos causados à saúde pelo vício do cigarro. No material que espalharam pela escola, estavam descritos pontualmente os males do fumo de acordo com o tempo de exposição ao tabaco e às substâncias químicas. E na identificação de cada um dos alunos, como foi o caso de Lucas Schim e Felipe Saad, havia o tradicional símbolo de proibido fumar para dar ainda mais força à mensagem que queriam passar na exposição.
As professoras Vera Lucia Denser e Maria Luiza Villa não esconderam a satisfação da missão cumprida. Elas reforçaram que, ao apresentar o projeto do evento aos estudantes, sentiram que teriam um retorno muito positivo. Mas as duas concordam que o resultado final foi ainda melhor. “O que vimos foi trabalho em equipe na forma mais ampla do sentido dessa expressão. Muitos alunos se ajudando, mesmo não sendo do mesmo grupo, e pais participativos na montagem das salas. Percebemos que todos compraram a ideia. Entenderam que a nota é importante, mas a experiência da elaboração de cada elemento do trabalho e das pesquisas é o que mais interessa. A Feira de Ciências foi mesmo um sucesso e estamos ansiosas para as próximas edições”, revelam.
Os alunos do 1º ano A e B, na semana da Feira de Ciências, foram ao Laboratório de Biologia com as Professoras Mari e Sonia e aprenderam a fazer sabonetes cheirosos e coloridos.
Mais fotos na Galeria de fotos!!