Liceu Pasteur - Ensino Médio, Fundamental

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Reportagens - 26/12/2011

Estudantes com jeito de diplomatas

Alunos do Liceu Pasteur participam de eventos que simulam reuniões da ONU (Organização das Nações Unidas) e de outras organizações internacionais para conhecer novas culturas e debater temas atuais de interesse mundial

Têm se tornado bastante comuns os encontros de estudantes de Ensino Médio em eventos de simulação de Fóruns Internacionais Multilaterais. Promovidos, na maioria das vezes, por instituições de Ensino Superior, as simulações são réplicas dos encontros da ONU e das demais organizações internacionais. O objetivo é levar os alunos a debaterem temas de interesse mundial, como políticas de segurança pública, relações de trabalho e sustentabilidade, entre outros, como se cada participante fosse um diplomata de países que compõem reuniões oficiais dessas entidades.

No Liceu Pasteur já existe movimento ativo para que os alunos passem a participar desses eventos. O estímulo inicial partiu da estudante da 2ª série do Ensino Médio, Lya Doria Maeda, que já participou de uma série de simulações. Em 2010, teve suas primeiras experiências em eventos realizados em São Paulo. Cheia de entusiasmo pelo clima e pelo rico ambiente de informação que encontrou, convidou colegas do Liceu para novos eventos. A prova de que ela foi convincente é a participação de outros quatro alunos em uma das reunões mais importantes que acontecem no País: a SiNUS, organizada pela UnB (Universidade de Brasília), no Distrito Federal. Alexandre Xavier, Ariel Goulart Fahel, Cassiano dos Santos Ribas e Carolina Leiner de Almeida foram com a colega Lya e a professora de inglês, Eliana Leiro, até a Capital Federal para participar das reuniões de simulação da ONU e das organizações internacionais, em 2011.

De forma resumida, os alunos formam uma delegação para representar um país. Os organizadores enviam guia sobre a simulação e, dependendo do comitê e do tema, também orientam os estudantes sobre o tipo de discussão que será realizada. No caso da SiNUS, os participantes do Liceu Pasteur representaram a Rússia. 

Ariel foi o único escolhido para defender os direitos da Abecásia, província da Geórgia que luta pela independência, no Fórum das Nações e Povos Não Representados.
Alexandre esteve no Comitê da OIT (Organização Internacional de Trabalho) e representou o Governo Russo defendendo as opiniões do Estado em relação aos trabalhadores.
Já Cassiano foi para o Comitê do DSI (Desarmamento e Segurança Internacional), no qual teve de dar o parecer da Rússia nas questões do desenvolvimento sustentável aliado ao desarmamento.
Lya esteve no Conselho de Segurança, fórum que foi realizado todo em inglês.

 

Excesso de bagagem – O que esses estudantes trouxeram na bagagem na volta para São Paulo foi, sem dúvida, excesso de carga cultural. Ao ver como eles relatam os momentos de preparação e os acontecimentos ao longo do evento, é evidente que passaram a trafegar em um mundo repleto de história política e ganharam conhecimento de temas atuais de forma muito mais profunda. 

“O mais interessante é que quase todos os alunos que foram nessa delegação do Liceu querem mesmo seguir carreira como diplomata ou têm interesse na área política”, sublinha a professora Eliana.

Alguns podem pensar que as simulações não trazem de forma direta um impacto na formação deles neste exato momento da vida. Pensamento que se mostra equivocado quando Lya dá exemplo real do reforço intelectual que ganhou quando foi realizar prova simulada da Fuvest, em 2011. “Caiu na prova questão sobre um acordo que fala da circulação de pessoas na UE (União Europeia). Eu sabia responder a questão, pois havia lido sobre isso ao me preparar para uma das simulações de que participei”, recorda. Cassiano é outro dos participantes que não deixa escapar a chance de valorizar o evento. “Os debates são uma maneira de pensarmos de forma ativa nos problemas do Planeta. Muito do que se ouve lá pode ser mesmo uma saída para melhorar a vida ao redor do mundo e as relações entre os povos”, acredita. Até mesmo para Ariel, que não pretende seguir a carreira política, houve benefício bastante significante. “Fizemos novas amizades e conhecemos Brasília. Foi muito legal ter ido até o Congresso Nacional e ver como é a estrutura da cidade”. “O mais interessante é que quase todos os alunos que foram nessa delegação do Liceu querem mesmo seguir carreira como diplomata ou têm interesse na área política”, sublinha a professora Eliana.


 

O Liceu Pasteur passou a trabalhar com olhos mais atentos nos benefícios que as simulações podem trazer para o enriquecimento da relação entre os alunos e o incremento do conteúdo programático. Os alunos que já participaram querem contribuir para que aconteçam eventos internos. “Gostaria que outros estudantes viessem conosco nas simulações e acho que um caminho pode ser a realização de pequenas simulações internas”, acredita Lya.

Alunos que tiverem interesse em conhecer melhor como funciona uma simulação, é possível acessar o portal da SiNUS e entender como foram as edições anteriores no www.sinus.org.br.

 

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