Em 8 de maio último, completaram-se 68 anos do encerramento da Segunda Guerra Mundial. O Liceu foi palco de uma cerimônia para relembrar a importância dos franceses e brasileiros mortos em defesa de suas pátrias.

O dia 08 de maio de 1945 é lembrado até hoje como marco do encerramento da Segunda Guerra Mundial e virou data referência para o Liceu Pasteur prestar homenagens aos combatentes mortos nesse conflito. Neste ano não foi diferente e a Instituição reuniu autoridades para realizar evento em respeito àqueles que representaram suas pátrias nas batalhas.

Em São Paulo, a Unidade Vergueiro do Liceu Pasteur abriu suas portas para a visita de ilustres figuras que representaram a França nos combates. Devido à sua importância, o colégio serve de ponto de encontro de franceses para relembrar a importância dos legados deixados pelos combatentes na história da Segunda Guerra. O encontro contou com a participação do Cônsul da França em São Paulo, Sr. Damien Loras, e da banda da Polícia Militar da Capital paulista, que emocionou os convidados com a abertura do evento ao som dos hinos do Brasil e da França.

Liceu na história - Um dos primeiros a chegar ao Liceu foi o Sr. Pierre Landman. Quem não o conhece talvez tenha estranhado o fato de atrair tantos interessados que formaram fila para cumprimentá-lo assim que foi avistado. Entretanto, a explicação para tamanha admiração e respeito dos presentes está na história desse homem de 92 anos.

Landman foi um dos integrantes do primeiro exército francês que atuou nas batalhas em Monte Casino, na Itália, do lado dos Aliados na Segunda Guerra. Antes disso, porém, o combatente veio ao Brasil em 1937 e estudou na antiga seção francesa do Liceu Pasteur. Quando o conflito teve início, os Estados Unidos recrutaram e treinaram voluntários franceses em toda a América Latina para lutar pela Liberdade na Europa. “Estar no colégio nesta data tão importante é transmitir aos alunos a mensagem de que, acima de tudo, deve-se respeitar aqueles que representaram e morreram pela França a fim de construir o que temos atualmente, que é o respeito e a liberdade entre os povos de diferentes nações”, ressaltou o ex-combatente, cercado pelos estudantes que queriam ouvir mais sobre suas experiências e registrar o momento com dezenas de fotos.

Presenças ilustres - A Banda da Polícia Militar de São Paulo abriu a cerimônia de homenagens. Segundo o Primeiro-Tenente Músico David Severino, foi de enorme satisfação para a corporação participar de uma data de tamanha relevância.“Na história da Polícia Militar, sempre existiu ótima relação de amizade com a França. Para nosso corpo musical estar no Liceu e poder, por meio do nosso trabalho, homenagear a todos que fizeram parte deste acontecimento tão marcante na História mundial, é gratificante e serve como forma de agradecer os franceses por fazerem parte do crescimento da Polícia Militar de São Paulo”, explicou o primeiro tenente.

Em seu discurso, o Cônsul da França proferiu palavras que emocionaram boa parte dos convidados, enfatizando a importância da data para lembrar o encerramento de um terrível marco histórico. Outro ponto citado pelo diplomata foi o papel do Brasil na hospitalidade aos franceses ao longo da História.

“O Brasil foi o único país da América Latina a ter envolvimento direto com a Segunda Guerra Mundial. Foram enviados 25 mil brasileiros à Europa, sendo que 1.200 faleceram em combate. Por isso, a data também é uma forma de homenagear os que deixaram suas famílias no Brasil e não tiveram a oportunidade de retornar para este país que sempre acolheu tanto franceses quanto outros povos de maneira igualitária e solidária”, enfatizou Loras.

O encerramento da solenidade contou com um coquetel para os convidados, que serviu para aproximar ainda mais os estudantes dos convidados ilustres, em um bate-papo mais informal no qual os mais jovens puderam aumentar seu conhecimento de um período tão importante para o Mundo. 

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