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A escolha da universidade
Muitos estudantes prestam vestibulares em universidades com campus fora da cidade de São Paulo. Ao serem aprovados, passam a ter dúvidas sobre como é estudar e morar longe de casa. Duas alunas do Liceu Pasteur que fizeram essa escolha falam de suas experiências e servem de referência para ajudar a diminuir o dilema.
Todos os estudantes conhecem bem as angústias de quem passa pelos processos seletivos em busca de vagas nas principais universidades do País. Na verdade, o período de preparação começa bem antes dos dias das provas. Durante praticamente um ano, ou até mais, dúvidas sobre que carreira seguir, como se planejar nos estudos e como se preparar psicologicamente para realizar uma boa prova fazem parte do dia a dia dos estudantes. Para aumentar as chances e também estar nas melhores instituições do País, não são poucos os que escolhem prestar vestibular em universidades com campus fora da cidade de São Paulo. Chegado o momento da aprovação, a felicidade se mistura com alguns receios de morar longe de casa, dos pais e dos amigos. E uma pergunta fica no ar: devo seguir adiante e cursar a faculdade, mesmo longe de casa?
Lya e Viviane são alumnae do Liceu Pasteur, formadas em 2012, e passaram exatamente por essa experiência. Por isso, são ótimas referências para os nossos alunos que estão com esse dilema e precisam tomar a decisão. As duas alunas prestaram faculdades tanto em São Paulo como no Interior paulista. Obtiveram ótimos resultados e as duas decidiram estudar longe de casa.
Lya foi cursar Direito na USP Ribeirão Preto. “Eu prestei também na Faculdade do Largo São Francisco, mas acabei passando na USP Ribeirão Preto. Fiquei muito triste num primeiro momento e resolvi conversar com quem já havia passado por isso também. Fiz uma análise de tudo o que ouvi e pesou muito a qualidade do curso da USP de Ribeirão Preto, que está em nível elevadíssimo. Valeria a pena mudar de cidade para estar numa excelente Instituição”, revela Lya, que também destaca o apoio que teve dos pais. “Eles foram fundamentais para que eu ficasse tranquila e fosse estudar longe”, completa. |
Viviane escolheu por estudar Engenharia Química na Unicamp, em Campinas. Ela não teve muito tempo para pensar. Assim que saiu a lista de aprovação precisou decidir em menos de uma semana o que faria, pois as aulas já iam começar e era preciso fazer a matrícula e procurar o lugar para morar. “Fiquei feliz. Tinha passado também na Unifesp, com campus em Diadema. As duas são ótimas faculdades, mas optei pela Unicamp depois de visitar a universidade e ver que estava indo para uma Instituição muito completa. Meus pais sabiam que o curso era muito bom e me incentivaram”, conta Viviane. |
Já neste primeiro ano, as duas mostram que estão enturmadas com novos colegas e professores. Lya, por exemplo, já é uma das bolsistas da USP Ribeirão Preto, oferecida pela Tutoria Acadêmico-Científica por participar de pesquisa em Direito de Migração. Viviane também já pleiteia uma bolsa e está sempre envolvida com atividades da Unicamp. “É importante frisar que o Liceu Pasteur foi uma escola que nos deixou muito preparadas. Um exemplo é a língua francesa, que tem feito toda a diferença na minha pesquisa”, sublinha Lya, acompanhada no discurso por Viviane, que também diz ter na língua francesa uma aliada em diversos momentos de sua nova jornada. “Lá na Unicamp temos vários intercambistas e consigo ter uma relação bacana com eles por saber outros idiomas, principalmente o Francês”, exemplifica Viviane.
Mudança de hábito – As duas são enfáticas em dizer que não se arrependem da decisão de estudar longe de casa. Pelo contrário, mostram um amadurecimento que será fundamental para enfrentar outros desafios que irão aparecer. Perceberam que as mudanças de hábitos só ajudaram a ver como é importante estarem dedicadas aos estudos sem deixar de lado as outras tarefas do dia a dia fora da sala de aula. “É preciso ter disciplina. Temos que arrumar a casa, fazer compras e planejar o estudo. São coisas que provavelmente eu não viveria estudando em São Paulo”, explica Lya.
Outro ponto fundamental é o planejamento financeiro. Viviane conta que aprendeu a controlar as contas e a identificar as melhores condições de compra, tanto dos itens para casa como dos materiais escolares. “Quando escolhemos a universidade pública, temos em mente que é uma forma também de prestigiar todo o investimento que nossos pais fizeram ao longo de nossa caminhada escolar. Mas também é preciso saber que haverá outras despesas e precisamos ajudá-los, até porque estudamos em período integral e não temos como ter uma renda fixa com trabalho paralelo aos estudos”, afirma Viviane, que, assim como Lya, está em curso de período integral com aulas das 8h às 18h. |
Toda essa nova experiência também é vivida com o saudosismo dos tempos de Liceu Pasteur. Formadas há pouco mais de um ano, as duas ainda têm laços com a Instituição que as preparam para essa nova etapa. Lya e Viviane estudaram desde pequenas no Liceu e tentam manter as relações com o colégio. Vieram ao Liceu em alguns eventos deste ano, como a Festa Junina, Dia do Amigo, Feira de Ciências e Mostra Cultural, entre outros. Tentam ficar informadas da agenda do colégio pelas mídias sociais e pelo site. Também fizeram visitas aos colegas e professores sempre que havia um tempo livre quando estavam em São Paulo. “Fizemos muita coisa aqui no Liceu quando alunas. É natural manter a ligação com o colégio e as pessoas que aqui trabalham. Isso não vai mudar nunca”, conclui Viviane.
Entre uma visita e outra, Lya e Viviane puderam compartilhar as experiências com colegas que estão terminando o Ensino Médio. Elas revelam que muitos perguntam sobre a decisão de estudar longe. Mas, certamente, quem conversou com elas e pediu algum conselho percebeu de bate-pronto que estão muito felizes e motivadas para seguir firme nas universidades e carreiras que escolheram.