Liceu Pasteur - Ensino Médio, Fundamental

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Reportagens - 28/11/2013

Parlamentos Jovens Paulistano e Paulista

Maria Eugênia Publio Corrêa, do Ensino Fundamental II, e Isabella Tebas Gori, do Ensino Médio, representaram a instituição nos Parlamentos Jovens realizados nos dias 7 e 8 de novembro último.

Maria Eugênia Publio Corrêa, do 7º Ano do Ensino Fundamental II, e Isabella Tebas Gori, da 2ª Série do Ensino Médio, puderam vivenciar uma experiência única nos dias 7 e 8 de novembro último. Elas participaram dos Parlamento Jovem Paulistano e Parlamento Jovem Paulista, respectivamente, e puderam sentir na pele o que é representar a sociedade ao serem empossadas vereadora de São Paulo e deputada estadual de São Paulo para mandato de um dia. Os Parlamentos Jovens são atividades nas quais vereadores e deputados estaduais cedem seus lugares a estudantes de escolas sediadas na cidade de São Paulo e no Estado de São Paulo para que, naquele dia, eles apresentem seus projetos de lei e possam conhecer mais o dia a dia da Política e do Poder Legislativo. O Parlamento Jovem Paulistano é voltado para alunos do Ensino Fundamental II e o Parlamento Jovem Paulista é para alunos do Ensino Médio.

  Os primeiros passos para que Maria Eugênia e Isabella pudessem representar o Liceu Pasteur na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa, foi a apresentação dos projetos de lei para uma banca de professores. Além delas, outros 13 alunos também participaram dessa primeira etapa, ainda dentro do Liceu. “Não é uma atividade obrigatória, então o aluno fica livre, e aqueles que participam estão realmente engajados em apresentar algo que realmente pode trazer benefícios à sociedade”, explica Cida, professora de História e responsável pela coordenação da atividade. Foram 10 alunos do Ensino Fundamental II pleiteando uma vaga no Parlamento Jovem Paulistano e três alunos do Ensino Médio em busca de uma cadeira do Parlamento Jovem Paulista. “Nós tivemos o cuidado de fazer a escolha com foco na originalidade e na viabilidade das propostas de lei”, completa Cida.
Maria Eugênia propôs que houvesse lei que garantisse a inserção de idosos no mercado corporativo. Em seu projeto, Maria Eugênia coloca que, em empresas com mais de 150 funcionários, deve haver pelo menos 5% deles com idade acima dos 65 anos. “Tive a ideia do projeto assistindo televisão. Vi uma propaganda na qual um jovem empresário entrevista um senhor que procura recolocação no mercado. Tive experiências na minha família, quando vi que meus avós tiveram que parar de trabalhar. É uma realidade que precisa ser mudada, pois esses profissionais contam com experiência e podem ajudar muito ainda de forma ativa”, explica.  
  Isabella foi mais para o lado da Cultura e sugeriu um projeto de lei voltado à criação de cinemas ao ar livre. Ela defende que todos têm direito a esse tipo de entretenimento, além de se rotular como uma amante da sétima arte. “É preciso disseminar cultura no País. Assim teremos cidadãos com formação intelectual mais apurada. O cinema deve ser essa porta de entrada para a cultura e desenvolvimento pessoal”, defende.

Hora de legislar – Para poder ocupar as cadeiras de vereadores e deputados estaduais, as duas alunas tiveram que passar por um segundo passo. Depois da banca dos professores do Liceu Pasteur escolher os dois projetos que representariam a Instituição, era preciso passar pela peneira municipal, que contou com 176 escolas para preencher 55 vagas, e pela estadual, que contou com 234 escolas inscritas para apenas 94 cadeiras. Feita a divulgação de que as duas haviam sido escolhidas, o frio na barriga só terminou no dia 7 de novembro, quando chegou a hora de legislar.

No primeiro dia, os estudantes são apresentados às normas dos plenários e a toda a estrutura à qual teriam acesso para apresentar e defender seus projetos, além da cadeira que cada um ocuparia para votar nos demais projetos que seriam apresentados. É também um dia de aproximação entre todos os estudantes participantes e, naquele momento, já fica evidente que, para ter o projeto de lei aprovado, é preciso costurar alianças para ter sucesso no dia seguinte.

  No dia 8 de novembro os estudantes foram diplomados. Viram de perto o que é representar a sociedade e toda a importância de movimentos políticos para que haja um avanço do País por meio das leis. Elas treinaram bastante para serem convincentes quando tivessem o microfone em punho para defender seus projetos. Mas perceberam que, sem uma união entre aqueles que dividem o bastão do Legislativo, fica difícil ter apoio para ver seu projeto virar lei. “Estive presente e foi realmente uma satisfação ver o engajamento de todos os colégios e estudantes. Eles se preparam para aquele dia, e fazem amizades e alianças para tentarem aprovar seus projetos. Também contam com apoio de seus professores e até torcida. A Maria Eugênia contou com o apoio o tempo todo das amidas Giovana Sakurai e Mariana Lourenço Menezes”, conta Dr. Rui Corrêa, pai de Maria Eugênia.

Vale lembrar que cerca de 20 projetos apresentados pelos parlamentos jovens, em 2012, foram posteriormente apresentados como projetos de leis reais por vereadores e deputados.

Menção Honrosa – Todos os alunos que participaram do processo dentro do Liceu Pasteur também foram homenageados com uma Menção Honrosa pela dedicação e excelente trabalho. A cerimônia aconteceu no último dia 14 de novembro, quando Maria Eugênia e Isabella também compartilharam como foi a experiência daqueles dois dias em que se tornaram legisladoras do Município e do Estado.

Alexandre Pego Xavier, da 3ª Série do Ensino Médio, mostrava toda a satisfação de poder fazer parte de um momento tão expressivo para o colégio e para ele próprio. Em seu projeto de lei, sugere que sejam criadas Usinas Sonoras, que gerariam energia por meio do som com estruturas que captariam ruídos e os barulhos das grandes cidades, e com isso fariam algo positivo em contrapartida a toda poluição sonora que a população é obrigada a conviver. Ainda pelo Ensino Médio, a aluna Vitória Spera Sanches, da 2ª Série, elaborou projeto de lei que cria Bibliotecas Jovens, áreas dentro das bibliotecas já existentes com foco no interesse dos adolescentes.

No Ensino Fundamental II participaram da atividade:

- Amanda Halsman, 7º Ano, que sugere a criação de pontos de alugueis de bicicletas subsidiados pela Prefeitura.
- Eduardo Mazzi, 8º Ano, com a proposta do recolhimento de aparelhos eletrônicos usados em pontos de comércio para evitar acumulação de lixos na cidade.
- Gabriel Carvalho, 7º Ano, com projeto de criação do Programa de Reciclagem do Óleo.
- Julia Costa, 7º Ano, com a proposta de padronização das calçadas municipais.
- Luiz Gustavo, 8º Ano, com a proposta da criação do Banco de Microcrédito para trabalhadores informais, pequenas e médias empresas.
- Luiza Costa, 7º Ano, com o projeto para instalação de placas solares em estabelecimentos municipais.
- Maria Júlia Souza, 9º Ano, com projeto da Passagem Livre para Estudantes durante a semana.
- Natalia Tezelli, 9º Ano, que sugere a criação de um cabeamento subterrâneo em substituição à fiação aérea.
- Rodrigo Martins, 8º Ano, com projeto para melhorias nos semáforos da cidade, como aumento do número de semáforos próximo às escolas e manutenção mais frequente.

Em 2014, o Liceu Pasteur voltará a propor a atividade aos alunos. Todos os que participaram neste ano viraram os melhores propagadores de como é interessante participar de uma ação como essa. “Temos uma expectativa grande da participação de mais alunos na próxima edição”, acredita a professora Cida.

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